Quem foi o Barão de Schneéburg?


A resposta a esta pergunta pode ser encontrada no livro da historiadora Maria do Carmos Ramos Krieger Goulart, Brusque - essas ruas que eu amo (Fundação Casa Dr. Blumenau, Blumenau, 1982). Maximiliano Von Schneéburg era filho do barão Joahn von Schneérburg e de Bárbara von Schneérburg. Nasceu em 1799 e morreu em 16 de setembro de 1869, em Fronzebad, na Alemanha.
"Maximiliano passou grande parte da sua vida no Brasil: cerca de 40 anos dedicados ao governo", diz Maria do Carmo. "Iniciou seus trabalhos em terras brasileiras em 1825, como capitão do Imperial Corpo de Engenheiros. Em 1860, foi designado diretor da colônia Itajahy, em cujo cargo permaneceu até 1867. É provável que neste ano, antes de retirar da Colônia, tenha recebido a Ordem da Rosa, no Grau de Cavaleiro, concedido pelo governo imperial."
Schneéburg foi o primeiro diretor da Colônia. Minucioso na documentação endereçada ao presidente da província, sempre dando conta de seu desempenho junto aos colonos, e relacionando as devidas providências tomadas para o bem estar deles, era um governante preocupado e sempre voltado à responsabilidade que o cargo exigia, apesar de estar avançado em anos", prossegue as historiadora.
"Sempre sonhando com a colônia transformada em cidade, ia-lhe também no fundo do coração outro grande desejo: o de vê-la ligada ao seu nome; tanto é que muitos já identificam como Cidade de Schneéburg.
Em outubro de 1864, o barão solicitara e comprovara em requerimento a criação do Distrito de Paz e a sub-Delegacia de Polícia. Esta última acabou sendo criada em 1867, ano em que, desgostoso pelas desavenças contra ele praticadas, o barão deixava a colônia para tratamento de saúde. Isto foi em abril. A licença renovada em julho, prorrogada em outubro e afinal terminada, acabava de exonerá-lo em dezembro. Seria a gota d'água desastrosa e infeliz na vida daquele que tanto se empenhou pela imigração no sul do brasil, enfrentando intrigas, combatendo calúnias e sofrendo a dor da separação maior: a sua saída da colônia modestamente, sem despedidas, sem um adeus à população e da população que tanto auxiliou durante os sete anos na direção da sede."
Schneérburg saiu da colônia de Itajahy conduzido "por um colono, pois o barão quase nao enxergava mais, portador que era de afecção ocular. Retornando à Europa, morreu aos 70 anos". Hoje, a principal praça de Brusque leva seu nome.

Por Brusque contando a história - 152 anos.

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