Os reinos monárquicos tiveram seu nascimento desde a antiguidade. Roma era uma monarquia, depois tornou-se República e Império. Na Idade Média, os reinos ganharam uma proporção grandiosa, frutos do feudalismo. Assim que se findou o Império de Roma em 476 d.C. Após essa data, inicia-se a Idade das Trevas, onde o mundo europeu passa a conquistar novos domínios.
Na Península Ibérica nascem dois grandes reinos, que mais tarde seriam responsáveis pela descoberta das terras americanas e expansão marítima. Na região da Lusitânia, originou o Reino de Portugal, na Hispania, o reino da Espanha. Os anglos, saxões, vikings e arianos formaram o reino da Germânia, atual Alemanha.
Com o passar os séculos a Monarquia absolutista foi vítima de um colapso que ocasionou no fim de muitos reinos, que inefavelmente inspiraram os contos de fadas, clássicos da literatura infantil mundial.
O reino de Portugal após o descobrimento do Brasil, tornou-se um dos reinos europeus mais famosos do período renascentista. As novas terras descobertas, aos quais os navegadores imaginavam ser as Índias, não passava de uma enorme quantidade de terras povoadas por índios, onde as florestas cobriam quase todo o território.
O novo Mundo, era na verdade a maior conquista dos portugueses e nas terras recém descobertas, os metais preciosos foram o estopim para a ganância do Reino, em escravizar e dizimar os povos indígenas, desmatando as ricas florestas e formando um novo sub-reino, ao qual deram o nome de Brasil.
Em 1808, a família real se muda para o Brasil. As terras brasileiras passariam a compor um novo fio da História do mundo e principalmente de Portugal.
Em poucos séculos, os colonizadores fundaram pequenos vilarejos e mais tarde deram origem as cidades, se destacando a Corte, ou seja, a capital Carioca.
As pequenas cidades exibiam as fachadas de uma arquitetura belíssima, sendo o Barroco o estilo mais gracioso e pomposo desse período.
As cidade de Vila Rica e São João Del Rey são verdeiros museus históricos do Brasil e talvez do planeta, mantendo tradicionalmente seus casarões coloniais, cujas ladeiras históricas guardam um tesouro incalculável da nossa História.
Precisamente na cidade de São João Del Rey, houve um acontecimento que a História tenha deixado se apagar. Quando Dom João VI falece em Portugal, após ter deixado o Brasil sob o comando de seu filho D. Pedro, seis meses depois, os habitantes de São João Del Rey manifestaram suas dor e tristezas realizando um funeral simbólico do soberano. Houve missas de corpo presente (simbolicamente) e um séquito digno da Monarquia, levando o esquife vazio pelas ruas históricas da cidade mineira.
O fim da Monarquia
Toda essa pompa monárquica um dia teria seu fim. O rei passava a perder seu prestígio e veneração popular. O principal motivo que levou a queda da Monarquia e a proclamação da Republica foi a escravidão. Além disso, a monarquia teve desentendimentos graves com a Igreja Católica. A elite burguesa estava insatisfeita com as politicas reais. A colônia de Portugal passava por graves problemas econômicos, escândalos e uma porção de entraves que acarretou no fracasso monárquico em terras brasileiras.
Para entender o emaranhado de problemas que levou a esse desastre histórico, temos que primeiramente voltar a Roma, precisamente no Vaticano. Na década de 1870, a igreja de Roma rompeu com a Ordem dos Maçons. O papa IX ao promulgar a Bula Syllabus, condenava implacavelmente a maçonaria, proibindo que os católicos fizessem parte daquela sinistra sociedade.
No Brasil, a bula papal não foi aprovada pelo governo imperial. A elite da época, em sua maioria, participava da maçonaria e ostentavam um catolicismo de fachada.
Mas o conflito tem seu início quando o bispo de Olinda D. Vital de Oliveira e o bispo de Belém D. Antônio de Macedo Costa, decidem expulsar os maçons de suas dioceses. A coisa ficou feia entre a Igreja Católica e o governo imperial. A desobediência levou a anistia dos religiosos. A igreja imediatamente se rebelou contra o governo. A relação entre Estado-Igreja estava definidamente rompida.
A partir daí a Monarquia estava visivelmente derrotada, restando apenas alguns problemas de menor gravidade para que fosse proclamada a República. Os fatos que abalaram o governo imperial constitui numa base sólida para que a população aclamasse a Proclamação da República e o fim da monarquia.
Fatores como o fim da escravidão, o rompimento entre a Igreja e o governo, o descaso dos fazendeiros de café foram as causas para a queda da Monarquia, eclodindo uma revolução política em terras brasileiras. Também o que acarretou para esse fim, é que a herdeira do trono, a princesa Isabel era casada com o Conde D'Eu, ao qual a população o considerava antipático e sem nenhum carisma.
Por Guilherme Paixão Campelo
Fatores como o fim da escravidão, o rompimento entre a Igreja e o governo, o descaso dos fazendeiros de café foram as causas para a queda da Monarquia, eclodindo uma revolução política em terras brasileiras. Também o que acarretou para esse fim, é que a herdeira do trono, a princesa Isabel era casada com o Conde D'Eu, ao qual a população o considerava antipático e sem nenhum carisma.
Por Guilherme Paixão Campelo